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A resposta da Rússia ao ultimato imposto por Donald Trump surgiu nesta terça-feira (15), marcada por um tom cauteloso, mas ao mesmo tempo desafiador. O presidente norte-americano havia dado 50 dias para que Vladimir Putin encerrasse a guerra na Ucrânia, ameaçando impor novas sanções caso o conflito persistisse.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a proposta americana é \"séria e demanda tempo para análise\". Ele ressaltou que os sinais emitidos por Washington e Bruxelas indicam a intenção de manter o conflito, apontando que os países europeus parecem dispostos a continuar lutando por procuração. A declaração ocorreu um dia após o anúncio feito por Trump ao lado de Mark Rutte, secretário-geral da Otan, na Casa Branca.
Além disso, Peskov afirmou que Putin poderá se manifestar pessoalmente caso ache necessário e reforçou que Moscou ainda aguarda a resposta de Kiev para uma possível terceira rodada de negociações diretas.
Enquanto isso, o vice-chanceler russo Serguei Riabkov, conhecido por ser o principal negociador nuclear da Rússia e especialista em relações com os Estados Unidos, enfatizou que o país está pronto para dialogar, mas não sob coerção. A escolha de Riabkov como interlocutor da crise carrega simbolismo político e estratégico.
Dentro da Rússia, a repercussão foi ambígua: o mercado financeiro reagiu positivamente, com a Bolsa de Moscou registrando alta. Em contrapartida, políticos mais conservadores criticaram o gesto de Trump. Dmitri Medvedev, ex-presidente russo, classificou o ultimato como uma encenação teatral.
Trump, por sua vez, comentou em entrevista à BBC que está \"desapontado com Putin, mas ainda não desistiu dele\". Paralelamente, o chanceler russo Serguei Lavrov reuniu-se com o líder chinês Xi Jinping em Pequim, buscando apoio em meio à tensão.
As negociações anteriores entre EUA, Rússia e Ucrânia não avançaram. Enquanto Zelenski exige um cessar-fogo para iniciar o diálogo, Putin condiciona qualquer trégua ao cumprimento de suas exigências: reconhecimento da anexação de quatro territórios, neutralidade militar da Ucrânia e realização de eleições sob sua supervisão.
Trump, que antes chegou a demonstrar simpatia por Putin, passou a adotar tom crítico. Apesar de suspender temporariamente o envio de armamentos para a Ucrânia, o apoio foi retomado antes do ultimato. As punições prometidas por Trump incluem novas sanções, envio de mais armamentos e tarifas comerciais de até 100% contra a Rússia e seus parceiros comerciais.
Entre os países que podem ser afetados pelas sanções estão China, Índia, Turquia e Brasil. Em junho, os chineses compraram 47% do petróleo russo, enquanto os indianos adquiriram 38%. Na comercialização de óleo diesel, a Turquia levou 26%, a China 13% e o Brasil 12% da produção russa.
No caso brasileiro, a situação se agrava com o anúncio de Trump de que poderá aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto. A medida tem motivação política e estaria relacionada à pressão para impedir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que tem gerado atrito com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Trump também se comprometeu a fornecer mais sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, através de um acordo com países ricos da Otan, que arcariam com os custos junto aos EUA. Há dúvidas, no entanto, se ele também pretende enviar armamentos ofensivos. Segundo o jornal Financial Times, Trump chegou a questionar Zelenski, em ligação no início de julho, se Kiev atacaria Moscou caso tivesse os recursos. O ucraniano teria respondido afirmativamente, embora o episódio não tenha sido confirmado publicamente.
Na prática, os combates continuam. Novos bombardeios foram registrados em diversas regiões da Ucrânia durante a noite, sendo o mais grave um ataque com drones ucranianos em Voronej, cidade ao sul de Moscou. O episódio deixou ao menos 16 feridos, incluindo uma pessoa em coma.
A guerra segue sem solução clara no horizonte, com os próximos dias sendo decisivos para definir o peso das ameaças feitas por Trump e a real disposição de Putin em responder à pressão internacional.
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