Menina indígena morre aos 12 anos após parto de emergência em Betim

Segundo o tio da adolescente, nem ela nem os pais sabiam da gestação, que só foi descoberta por exames quando ela já estava com aproximadamente seis meses. Até recentemente, ela apresentava um estado de saúde considerado normal, com boa alimentação e sem queixas. No entanto, na última semana passou a recusar comida e reclamar de dores de cabeça intensas.

A adolescente era integrante de uma comunidade indígena da etnia Warao, de origem venezuelana, que vive em uma ocupação na cidade de Betim. A família dela chegou ao município em setembro de 2023, após sair de Boa Vista (RR) e passar por diversos estados. Cerca de 25 famílias vivem no local, compondo uma comunidade com aproximadamente 200 pessoas.

\"Todos os protocolos clínicos foram seguidos e a família teve apoio multiprofissional, inclusive psicológico\", declarou a Prefeitura de Betim em nota oficial.

Moradores da ocupação e parentes prestaram uma homenagem em frente à maternidade onde a adolescente morreu. O corpo será velado nesta segunda-feira (14/7), na própria comunidade onde ela vivia.

Na mesma semana, outro caso envolvendo uma criança de 12 anos foi registrado em Nova Serrana, na região Centro-Oeste de Minas. Após procurar uma Unidade de Pronto Atendimento com dores abdominais, a menina descobriu que estava grávida. O caso foi oficialmente registrado pela Polícia Militar como estupro de vulnerável, conforme previsto no Artigo 217-A do Código Penal, que caracteriza como crime qualquer relação sexual com menores de 14 anos, mesmo com consentimento.